Militantes do Hamas anunciam fim da trégua com Israel
As brigadas Ezzedine Al Qassam, braço armado do grupo extremista palestino Hamas, anunciaram nesta sexta-feira o encerramento oficial da trégua de hostilidades com Israel. A trégua de seis meses, alcançada pela mediação do Egito, acaba oficialmente nesta sexta-feira e o Hamas já havia indicado que não prolongaria o acordo.
"A trégua chegou ao fim, e não será renovada porque o inimigo sionista não respeitou suas condições", afirma o grupo armado em seu site, em um anúncio publicado às 6h (2h, no horário de Brasília).
Nos últimos dias, outro braço armado do Hamas, as brigadas Al-Qods, assumiram lançamento de foguetes contra o território israelense. Os projéteis atingiram terrenos baldios próximos ao Conselho Regional do Neguev e Eshkol, ambas próximas à faixa de Gaza. Os ataque não deixaram vítimas ou danos materiais e, segundo o grupo, a ação foi em represália pela morte de um militante do grupo na terça-feira (16), em uma ação do Exército israelense. Até o momento, o Exército israelense negou novos ataques ao país. As brigadas Ezzedine Al Qassam acusam Israel de não ter cumprido seus compromissos de encerrar o bloqueio a Gaza e cessar todas as suas operações no território, e fazem uma ameaça direta ao país. "Lançamos uma advertência ao inimigo sionista: qualquer agressão contra a faixa de Gaza e qualquer novo crime cometido será o estopim de um conflito de grandes proporções, e retaliaremos duramente", diz o comunicado do grupo. A decisão foi adotada após uma reunião realizada nesta quinta-feira (18) em Gaza da qual participaram representantes do Hamas, da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), da Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP) e da Jihad Islâmica. Pouco antes, o porta-voz do Hamas na faixa de Gaza, Fawzi Barhum, advertia que "não há lugar para prolongar a trégua com Israel, que acaba na sexta-feira. Israel é totalmente responsável pelo colapso" do acordo. Abu Hamza, porta-voz do braço armado da Jihad Islâmica, expressou-se no mesmo sentido: "não há espaço para estender a calma enquanto os crimes da ocupação contra nosso povo continuam". A Jihad Islâmica assumiu a autoria do lançamento de vários foguetes contra Israel nos últimos dias. O Egito intermediou para o cessar-fogo entre Israel e as facções armadas da faixa de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 19 de junho. A trégua tinha uma duração de seis meses e, segundo o compromisso adquirido entre as partes, Israel devia reabrir progressivamente as fronteiras da faixa de Gaza e suspender as operações militares nesse território, e as milícias palestinas teriam que parar seus ataques.
1 fez bobagem:
será que esse conflito algum dia vai parar? é muito foda,mas aqui no Brasil a gente vive um clima parecido com esse, clima de guerra
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